A família de Abraão era de Ur dos caldeus ou de Harã?

As passagens são: “e morreu Harã estando seu pai Terá ainda vivo, na terra do seu nascimento, em Ur dos caldeus.” (Gn 11:28), e: “e disse-lhes Jacó: Meus irmãos, donde sois? E disseram: Somos de Harã.” (Gn 29:04). Não há contradição alguma nestas passagens, pois lendo a história se entende que: “31E tomou Terá a Abrão seu filho, e a Ló, filho de Harã, filho de seu filho, e a Sarai sua nora, mulher de seu filho Abrão, e saiu com eles de Ur dos caldeus, para ir à terra de Canaã; e vieram até Harã, e habitaram ali. 32E foram os dias de Terá duzentos e cinco anos, e morreu Terá em Harã. 1Ora, o SENHOR disse a Abrão: Sai-te da tua terra, da tua parentela e da casa de teu pai, para a terra que eu te mostrarei.” (Gn 11:31-12:1), Abraão era de Ur, mas foi morar em Harã. Lugar inclusive da morte do pai dele, por isso, ele se sentia tanto de um quanto de outro lugar: “e ele disse: Homens, irmãos, e pais, ouvi. O Deus da glória apareceu a nosso pai Abraão, estando na Mesopotâmia, antes de habitar em Harã,” (At 7:2), trazendo em nosso cotidiano, seria o mesmo que um mineiro de nascimento fizesse sua vida no RJ e estando em outro estado alguém lhe pergunta de onde ele é.

Published in: on 19 de novembro de 2012 at 20:12  Deixe um comentário  

Ló era irmão ou sobrinho de Abraão?

“14Ouvindo, pois, Abrão que o seu irmão estava preso, armou os seus criados, nascidos em sua casa, trezentos e dezoito, e os perseguiu até Dã. 15E dividiu-se contra eles de noite, ele e os seus criados, e os feriu, e os perseguiu até Hobá, que fica à esquerda de Damasco. 16E tornou a trazer todos os seus bens, e tornou a trazer também a Ló, seu irmão, e os seus bens, e também as mulheres, e o povo.” (Gn 14:14-16), “e estas são as gerações de Terá: Terá gerou a Abrão, a Naor, e a Harã; e Harã gerou a Ló.” (Gn 11:27), “e tomou Abrão a Sarai, sua mulher, e a Ló, filho de seu irmão, e todos os bens que haviam adquirido, e as almas que lhe acresceram em Harã; e saíram para irem à terra de Canaã; e chegaram à terra de Canaã.” (Gn 12:5), “também tomaram a , que habitava em Sodoma, filho do irmão de Abrão, e os seus bens, e foram-se.” (Gn 14:12). Reposta é sobrinho, ele era filho de Harão, que era provavelmente o irmão mais velho de Abraão, então porque Abraão o chamava de irmão? A resposta é mais simples que parece, nesta ocasião, Harã, pai de Ló e irmão de Abraão, já havia previamente morrido: “e morreu Harã estando seu pai Terá ainda vivo, na terra do seu nascimento, em Ur dos caldeus.” (Gn 11:28), por esta razão Abraão o considerava como irmão, já que ele era a semente do irmão dele e obviamente sangue do sangue dele, podendo inclusive ter sido o único filho de Harã.

Published in: on 18 de novembro de 2012 at 20:08  Deixe um comentário  

Quantos anos Abraão tinha quando deixou Harã?

A pergunta é como conciliar os seguintes versos: “então saiu da terra dos caldeus, e habitou em Harã. E dali, depois que seu pai faleceu, Deus o trouxe para esta terra em que habitais agora.” (At 7:4), “e viveu Terá setenta anos, e gerou a Abrão, a Naor, e a Harã.” (Gn 11:26), “e foram os dias de Terá duzentos e cinco anos, e morreu Terá em Harã.” (Gn 11:32), “assim partiu Abrão como o SENHOR lhe tinha dito, e foi Ló com ele; e era Abrão da idade de setenta e cinco anos quando saiu de Harã.” (Gn 12:4)? Pelos cálculos Abraão deveria ter 135 anos e não 75. Para responder precisa levar em consideração o que Gn 11:26 diz que Terá só teve filho após ou com 70 anos, mas não diz que Abraão tenha sido o primogênito, ele só é mencionado primeiro devido a sua proeminência aos demais irmãos, afinal é o filho mais importante de Terá, Naor ainda tem algumas poucas menções bíblicas e Harã quase nada, isso deixa claro que foi a ordem de importância e não de nascimento.

Entre os três provavelmente Harã tenha sido o mais velho, pois Naor se casou com uma filha dele: “e tomaram Abrão e Naor mulheres para si: o nome da mulher de Abrão era Sarai, e o nome da mulher de Naor era Milca, filha de Harã, pai de Milca e pai de Iscá.” (Gn 11:29) e foi o primeiro a morrer: “e morreu Harã estando seu pai Terá ainda vivo, na terra do seu nascimento, em Ur dos caldeus.” (Gn 11:28). Para se atingir a idade correta, basta comparar com outras partes das Escrituras, “e era Abrão da idade de oitenta e seis anos, quando Agar deu à luz Ismael.” (Gn 16:16), “sendo, pois, Abrão da idade de noventa e nove anos, apareceu o SENHOR a Abrão, e disse-lhe: Eu sou o Deus Todo-Poderoso, anda em minha presença e sê perfeito.” (Gn 17:1), “e era Abraão da idade de cem anos, quando lhe nasceu Isaque seu filho.” (Gn 21:5), logo, de fato, ele só poderia ter saído de Harã. Logo, a conclusão lógica é que deflui é que Terá tinha 130 anos quando Abrão nasceu.

Published in: on 17 de novembro de 2012 at 20:07  Deixe um comentário  

Deus é Autor de confusão?

As passagens são a da Torre de Babel: “7Eia, desçamos e confundamos ali a sua língua, para que não entenda um a língua do outro. 8Assim o SENHOR os espalhou dali sobre a face de toda a terra; e cessaram de edificar a cidade. 9Por isso se chamou o seu nome Babel, porquanto ali confundiu o SENHOR a língua de toda a terra, e dali os espalhou o SENHOR sobre a face de toda a terra” (Gn 11:7-9), comparada com: “porque Deus não é Deus de confusão, senão de paz, como em todas as igrejas dos santos.” (I Co 14:33). A resposta é que tais passagens sequer falam da mesma coisa, observemos o contexto:

“1Segui o amor, e procurai com zelo os dons espirituais, mas principalmente o de profetizar. 6E agora, irmãos, se eu for ter convosco falando em línguas, que vos aproveitaria, se não vos falasse ou por meio da revelação, ou da ciência, ou da profecia, ou da doutrina? 7Da mesma sorte, se as coisas inanimadas, que fazem som, seja flauta, seja cítara, não formarem sons distintos, como se conhecerá o que se toca com a flauta ou com a cítara? 8Porque, se a trombeta der sonido incerto, quem se preparará para a batalha? 9Assim também vós, se com a língua não pronunciardes palavras bem inteligíveis, como se entenderá o que se diz? porque estareis como que falando ao ar. 10Há, por exemplo, tanta espécie de vozes no mundo, e nenhuma delas é sem significação. 11Mas, se eu ignorar o sentido da voz, serei bárbaro para aquele a quem falo, e o que fala será bárbaro para mim. 23Se, pois, toda a igreja se congregar num lugar, e todos falarem em línguas, e entrarem indoutos ou infiéis, não dirão porventura que estais loucos? 27E, se alguém falar em língua desconhecida, faça-se isso por dois, ou quando muito três, e por sua vez, e haja intérprete. 28Mas, se não houver intérprete, esteja calado na igreja, e fale consigo mesmo, e com Deus. 29E falem dois ou três profetas, e os outros julguem. 30Mas, se a outro, que estiver assentado, for revelada alguma coisa, cale-se o primeiro. 31Porque todos podereis profetizar, uns depois dos outros; para que todos aprendam, e todos sejam consolados. 32E os espíritos dos profetas estão sujeitos aos profetas. 33Porque Deus não é Deus de confusão, senão de paz, como em todas as igrejas dos santos. 39Portanto, irmãos, procurai, com zelo, profetizar, e não proibais falar línguas. 40Mas faça-se tudo decentemente e com ordem.” (I Co 14:1,6-11,23,27-33,39,40).

Portanto, se algum dos crentes quiser desobedecer ao estatuído ele simplesmente não o faz sob as ordens de Deus, pois Deus não é de confusão, isto é, Ele é de ordem, organização, cada um fala no seu devido momento, todos aprendem, a palavra grega é “akatastasia”, ela aparece cinco vezes no Novo Testamento: Lc 21:9; I Co 14:33; II Co 6:5; 12:20; Tg 3:16, sucessivamente é traduzida por: sedições, confusão, tumultos, porfias, perturbação, nem seria muito necessário ir ao grego, visto que no mesmo versículo há um paralelo, uma antítese, Deus não é de confusão e sim de paz, ou seja, ‘harmonia, unidade e concórdia entre os seus profetas e mestres, e assim de ordem, para que o primeiro não possam ser sem o segundo, onde não há ordem no ministério, não pode haver paz entre os ministros, nem conforto nas igrejas; mas Deus é o Deus da paz, ele pede, exige, dispõe, e aprova de paz e ordem a todo o seu povo.’, comentário de Gill.

No que toca a passagem em Gn 11:7-9, reproduzo o comentário de Sérgio Francisco da Silva e Calvin Gardner, que diz ‘Versículos 7-9. Pela sua misericórdia, Deus se recusou a permitir que este esquema maligno tivesse êxito. Quanta vez na história, Deus interceptou os homens que queriam organizar o mundo através de um governo central (Napoleão e Hitler são exemplos disto). Isto foi realizado com eficácia fazendo com que diferentes famílias falassem diferentes idiomas, e desta forma se espalhassem pela terra. Então o plano original de Deus de repovoar a terra foi realizado. Mesmo hoje, a variedade de idiomas impede os ditadores de alcançarem o controle do mundo. O povo queria ter um grande nome. No julgamento de Deus, a cidade foi chamada de Babel, que significa confusão.’, sito em http://www.palavraprudente.com.br/estudos/sergio_f/genesis/cap07.html

Acresço que: “não há sabedoria, nem inteligência, nem conselho contra o SENHOR.” (Pv 21:30), “muitos propósitos há no coração do homem, porém o conselho do SENHOR permanecerá.” (Pv 19:21), “porque o SENHOR dos Exércitos o determinou; quem o invalidará? E a sua mão está estendida; quem pois a fará voltar atrás?” (Is 14:27), “10Que anuncio o fim desde o princípio, e desde a antiguidade as coisas que ainda não sucederam; que digo: O meu conselho será firme, e farei toda a minha vontade. 11Que chamo a ave de rapina desde o oriente, e de uma terra remota o homem do meu conselho; porque assim o disse, e assim o farei vir; eu o formei, e também o farei.” (Is 46:10,11), “mas, se é de Deus, não podereis desfazê-la; para que não aconteça serdes também achados combatendo contra Deus.” (At 5:39).

Published in: on 16 de novembro de 2012 at 20:05  Deixe um comentário  

Falar em línguas estrangeiras é bom ou ruim?

“6E o SENHOR disse: Eis que o povo é um, e todos têm uma mesma língua; e isto é o que começam a fazer; e agora, não haverá restrição para tudo o que eles intentarem fazer. 7Eia, desçamos e confundamos ali a sua língua, para que não entenda um a língua do outro.” (Gn 11:6,7), “4E todos foram cheios do Espírito Santo, e começaram a falar noutras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem. 5E em Jerusalém estavam habitando judeus, homens religiosos, de todas as nações que estão debaixo do céu. 6E, quando aquele som ocorreu, ajuntou-se uma multidão, e estava confusa, porque cada um os ouvia falar na sua própria língua. 7E todos pasmavam e se maravilhavam, dizendo uns aos outros: Pois quê! não são galileus todos esses homens que estão falando? 8Como, pois, os ouvimos, cada um, na nossa própria língua em que somos nascidos? 9Partos e medos, elamitas e os que habitam na Mesopotâmia, Judéia, Capadócia, Ponto e Ásia, 10E Frígia e Panfília, Egito e partes da Líbia, junto a Cirene, e forasteiros romanos, tanto judeus como prosélitos, 11Cretenses e árabes, todos nós temos ouvido em nossas próprias línguas falar das grandezas de Deus.” (At 2:4-11).

A dispersão em línguas se deu pela desobediência a ordem de Deus, que mandou os homens se espalharem e repovoar a terra: “e abençoou Deus a Noé e a seus filhos, e disse-lhes: Frutificai e multiplicai-vos e enchei a terra.” (Gn 9:1), por isso, Deus separou os povos em línguas distintas (Gn 11), estas mesmas línguas tem então relação direta com divisão; a passagem em At 2 tem um fundo histórico, diversos judeus haviam sido espalhado por diversas nações e nas festas se reuniam, aquela era a de Pentecoste: “5E em Jerusalém estavam habitando judeus, homens religiosos, de todas as nações que estão debaixo do céu. 6E, quando aquele som ocorreu, ajuntou-se uma multidão, e estava confusa, porque cada um os ouvia falar na sua própria língua. 7E todos pasmavam e se maravilhavam, dizendo uns aos outros: Pois quê! não são galileus todos esses homens que estão falando? 8Como, pois, os ouvimos, cada um, na nossa própria língua em que somos nascidos? 9Partos e medos, elamitas e os que habitam na Mesopotâmia, Judéia, Capadócia, Ponto e Ásia, 10E Frígia e Panfília, Egito e partes da Líbia, junto a Cirene, e forasteiros romanos, tanto judeus como prosélitos, 11Cretenses e árabes, todos nós temos ouvido em nossas próprias línguas falar das grandezas de Deus. 12E todos se maravilhavam e estavam suspensos, dizendo uns para os outros: Que quer isto dizer.” (At 2:5-12).

Para aprofundamento no tema tenho um livro escrito no qual aborda o assunto línguas, de título “Deus quer o Pentecostalismo?” ele é localizável no endereço: http://www.palavraprudente.com.br/estudos/robert_santos/pentecostalismo/cap20.html

Para este tópico, basta entender que Deus quer ver Sua Palavra vertida nas mais variadas línguas, para a obediência dos povos em todas as nações (Mc 16:15; Rm 16:25,26), com isso também fica claro o poder dEle de unir o separado, de agir de forma sobrenatural e de propiciar que o evangelho seja propalado em todo canto.

Published in: on 15 de novembro de 2012 at 20:04  Deixe um comentário  

Quem foi o pai de Uz, Hul, Geter e Más?

A suposta contradição é a seguinte, em Gn fala que Uz, Hul, Geter e Más são netos de Sem, já em I Cr fala que são filhos dele: “22Os filhos de Sem são: Elão, Assur, Arfaxade, Lude e Arã. 23E os filhos de Arã são: Uz, Hul, Geter e Más.” (Gn 10:22,23), “e foram os filhos de Sem: Elão, Assur, Arfaxade, Lude, Arã, Uz, Hul, Geter e Meseque.” (I Cr 1:17). A solução é simples, os quatro mencionados eram filhos de Arã e netos de Sem, o uso da palavra filho, nas Escrituras, quando utilizado nestes contextos, por vezes, apenas quer dizer descendente do sexo masculino, sucessor. A palavra hebraica é בּן (bên), sobre ela diz o léxico Strong: “Procedente de 1129; DITAT – 254; n m. 1) filho, neto, criança, membro de um grupo, 1a) filho, menino, 1b) neto, 1c) crianças (pl. – masculino e feminino), 1d) mocidade, jovens (pl.), 1e) novo (referindo-se a animais), 1f) filhos (como caracterização, i.e. filhos da injustiça [para homens injustos] ou filhos de Deus [para anjos], 1g) povo (de uma nação) (pl.), 1h) referindo-se a coisas sem vida, i.e. faíscas, estrelas, flechas (fig.), 1i) um membro de uma associação, ordem, classe.”.

Sobre o uso desta palavra e a aplicação dela em genealogias, segue o artigo

http://crentebatista.blogspot.com.br/2011/05/2d-geracao-mt-11-17-lc-323-38-lc-323-38.html

Published in: on 14 de novembro de 2012 at 20:01  Deixe um comentário  

A humanidade tinha uma ou várias línguas?

A pergunta surge comparando os seguintes versos: “5Por estes foram repartidas as ilhas dos gentios nas suas terras, cada qual segundo a sua língua, segundo as suas famílias, entre as suas nações. 20Estes são os filhos de Cão segundo as suas famílias, segundo as suas línguas, em suas terras, em suas nações. 31Estes são os filhos de Sem segundo as suas famílias, segundo as suas línguas, nas suas terras, segundo as suas nações.” (Gn 10:5,20,31) com: “e era toda a terra de uma mesma língua e de uma mesma fala.” (Gn 11:1), como conciliar tais passagens?

Na verdade é fácil compreender, pois a passagem em Gn 10 fala do evento macro, isto é, de como ficou a configuração geopolítica da terra após o dilúvio, como se vê, o objetivo é mostrar como foi feita a divisão dos povos: “1Estas, pois, são as gerações dos filhos de Noé: Sem, Cão e Jafé; e nasceram-lhes filhos depois do dilúvio. 2Os filhos de Jafé são: Gomer, Magogue, Madai, Javã, Tubal, Meseque e Tiras. 3E os filhos de Gomer são: Asquenaz, Rifate e Togarma. 4E os filhos de Javã são: Elisá, Társis, Quitim e Dodanim. 5Por estes foram repartidas as ilhas dos gentios nas suas terras, cada qual segundo a sua língua, segundo as suas famílias, entre as suas nações.” (Gn 10:1-5), a passagem no capítulo 10 continua, da qual menciono o verso 18: “e ao arvadeu, ao zemareu, e ao hamateu, e depois se espalharam as famílias dos cananeus.”, as partes grifadas deixam claro que esta é uma narrativa geral, panorâmica, quer dizer, mostra como foi feita a divisão, já no capítulo 11 mostra o motivo da divisão dos povos.

Como introdução a este capítulo 10, Matthew Poole escreveu:

Este capítulo, embora possa parecer inútil a alguns, como consistindo quase inteiramente de genealogias, mas tem realmente grandes e variados usos:

1. Para mostrar a verdadeira origem de diversas nações; sobre o qual todos os outros autores escrevem à toa, fabulosa, e falsamente, e, assim, para manifestar a providência de Deus no governo do mundo e da igreja, e da verdade e autoridade das Escrituras Sagradas.

2. Para descobrir e distinguir entre todas as outras nações que povo ou nação em que a igreja de Deus era para ser, e de que Cristo estava para vir.

3. Para melhor compreensão da profecia de Noé sobre seus três filhos e para o cumprimento dela ficar evidente.

4. Para explicar diversas predições proféticas e outras passagens da Escritura, como aparece na sequência. Para a melhor compreensão deste capítulo, comparar com I Cr 1 :4-24. E considerar essas três coisas.

Published in: on 13 de novembro de 2012 at 19:58  Deixe um comentário  

Deus aprova a escravidão?

Antes de adentrar o tema, o primeiro passo é considerar e entender como era regulada a escravidão na Bíblia, somente após isso vamos adentrar ao fato se ela é ou aprovada. A escravidão, entre os israelitas, isto é, na Lei, inicialmente o que leva alguém a ser escravo? E qual era o tratamento dado aos escravos? Pois bem, a essas perguntas está “1Estes são os estatutos que lhes proporás. 2Se comprares um servo hebreu, seis anos servirá; mas ao sétimo sairá livre, de graça. 3Se entrou com o seu corpo, com o seu corpo sairá; se ele era homem casado, sua mulher sairá com ele. 4Se seu senhor lhe houver dado uma mulher e ela lhe houver dado filhos ou filhas, a mulher e seus filhos serão de seu senhor, e ele sairá sozinho. 5Mas se aquele servo expressamente disser: Eu amo a meu senhor, e a minha mulher, e a meus filhos; não quero sair livre, 6Então seu SENHOR o levará aos juízes, e o fará chegar à porta, ou ao umbral da porta, e seu senhor lhe furará a orelha com uma sovela; e ele o servirá para sempre. 7E se um homem vender sua filha para ser serva, ela não sairá como saem os servos. 8Se ela não agradar ao seu senhor, e ele não se desposar com ela, fará que se resgate; não poderá vendê-la a um povo estranho, agindo deslealmente com ela. 9Mas se a desposar com seu filho, fará com ela conforme ao direito das filhas. 10Se lhe tomar outra, não diminuirá o mantimento desta, nem o seu vestido, nem a sua obrigação marital. 11E se lhe não fizer estas três coisas, sairá de graça, sem dar dinheiro. 16E quem raptar um homem, e o vender, ou for achado na sua mão, certamente será morto. 20Se alguém ferir a seu servo, ou a sua serva, com pau, e morrer debaixo da sua mão, certamente será castigado; 21Porém se sobreviver por um ou dois dias, não será castigado, porque é dinheiro seu. 26E quando alguém ferir o olho do seu servo, ou o olho da sua serva, e o danificar, o deixará ir livre pelo seu olho. 27E se tirar o dente do seu servo, ou o dente da sua serva, o deixará ir livre pelo seu dente.” (Ex 21:1-11,16,20,21,27).

Basicamente, um hebreu ficaria escravo em 3 situações: a) em extrema pobreza, poderia vender sua liberdade ou a de seus filhos obviamente para ter como se sustentar, isso se dava também na hipótese de débito, o que normalmente evidencia dificuldades financeiras (Ex 21:2,7; 22:3; Lv 25:39; Dt 15:12; I Rs 9:22; II Rs  4:1; Ne 5:5; Jr 34:14); b) como punição ao roubo, se um ladrão roubasse algo e não tivesse como pagar (Ex 22:3,4); c) prisioneiro de guerra, isso pelos outros povos, situação em que um israelita o deveria comprar pra si, podendo revendê-lo para outro israelita (Lv 25). Para combater a pobreza, especialmente a possibilidade de miséria, havia mecanismos na Lei para o sustento dos pobres e contenção da pobreza, como: provisão de alimentos para os pobres (Lv 19:9,10; Dt 24:20,21; Ex 23:10,11), empréstimos para quem precisasse, o que deveria ser feito com liberalidade (Dt 15:7,8), inclusive refreando os juros (Ex 22:25; Lv 25:36,37). Portanto, diametralmente oposto ao que se pensa, a escravidão entre os israelitas, era ato extremo, para o qual se havia elevado abrandamento: “pois nunca deixará de haver pobre na terra; pelo que te ordeno, dizendo: Livremente abrirás a tua mão para o teu irmão, para o teu necessitado, e para o teu pobre na tua terra.” (Dt 15:11).

Ainda sobre a escravidão entre eles, haviam dois períodos de tempo, o ano sabático, isto é, de sete em sete anos (Ex 21:2,3), e o ano jubileu, ou seja, o 50º ano (Lv 25:14), em outras palavras, depois da 7ª semana de anos, tempos nos quais o senhor deveria dar o resgate dos seus escravos, momento que deveria ser feito da seguinte forma: “12Quando teu irmão hebreu ou irmã hebréia se vender a ti, seis anos te servirá, mas no sétimo ano o deixarás ir livre. 13E, quando o deixares ir livre, não o despedirás vazio. 14Liberalmente o fornecerás do teu rebanho, e da tua eira, e do teu lagar; daquilo com que o SENHOR teu Deus te tiver abençoado lhe darás. 15E lembrar-te-ás de que foste servo na terra do Egito, e de que o SENHOR teu Deus te resgatou; portanto hoje te ordeno isso.” (Dt 15:12-15). Sobre o tratamento dos escravos israelitas “43Não te assenhorearás dele com rigor, mas do teu Deus terás temor. 53Como diarista, de ano em ano, estará com ele; não se assenhoreará sobre ele com rigor diante dos teus olhos.” (Lv 25:43,53). Por estes versos e algumas passagens, podemos compreender que o escravo israelita não era mal tratado.

Havia outra classe de escravos, os estrangeiros, estes sim podiam ser escravizados como os israelitas o poderiam ser por outros povos, isto é, comprado normalmente por pobreza ou capturado em caso de guerra. Logo alguém pensará, então os israelitas faziam os estrangeiros que vivessem com eles empobrecer e, de imediato, os comprariam como escravos, mas isso também não é fato, a Lei regulava isso também, estabelecendo direitos aos estrangeiros (Ex 12:49; Lv 24:22; Nm 9:14; Dt 1:16; 24:14,17; 27:19; Jr 22:3), inclusive o amor a eles: “18Que faz justiça ao órfão e à viúva, e ama o estrangeiro, dando-lhe pão e roupa. 19Por isso amareis o estrangeiro, pois fostes estrangeiros na terra do Egito.” (Dt 10:18,19), “3E não fale o filho do estrangeiro, que se houver unido ao SENHOR, dizendo: Certamente o SENHOR me separará do seu povo; nem tampouco diga o eunuco: Eis que sou uma árvore seca. 4Porque assim diz o SENHOR a respeito dos eunucos, que guardam os meus sábados, e escolhem aquilo em que eu me agrado, e abraçam a minha aliança: 5Também lhes darei na minha casa e dentro dos meus muros um lugar e um nome, melhor do que o de filhos e filhas; um nome eterno darei a cada um deles, que nunca se apagará. 6E aos filhos dos estrangeiros, que se unirem ao SENHOR, para o servirem, e para amarem o nome do SENHOR, e para serem seus servos, todos os que guardarem o sábado, não o profanando, e os que abraçarem a minha aliança,” (Is 56:3-6).

Voltando ao direito dos escravos, agora de forma geral, eles poderiam ser prosélitos, quer dizer, seguirem o judaísmo (Ex 12:44; Dt 12:18; 29:10-13; 31:10-13), o mutilado por seu mestre devia ser posto em liberdade (Ex 21:26,27), os fugitivos deveriam ser bem tratados e não devolvidos ao seu mestre (Dt 23:15,16), direito de participar das festas (Dt 16:14), direito ao descanso aos sábados (Ex 23:12) e não se podia sequestrar ou roubar um homem (Ex 21:16; Dt 24:7), sendo esta um mote importante para demonstrar o sentido da Lei sobre a escravidão, ela permite e regula, não a impõe. Aduzindo ao exposto: O direito dos escravos era reconhecido: “13Se desprezei o direito do meu servo ou da minha serva, quando eles contendiam comigo; 14Então que faria eu quando Deus se levantasse? E, inquirindo a causa, que lhe responderia? 15Aquele que me formou no ventre não o fez também a ele? Ou não nos formou do mesmo modo na madre?” (Jó 31:13-15), os quais, muitas das vezes eram tratados com delicadeza (Pv 29:21), um outro não deveria acusar um servo perante o senhor dele (Pv 30:10), justamente também por descumprimento de deveres para com seus escravos, Judá foi destruída (Jr 34:11).

Chegando ao Novo Testamento, precisa fazer uma rápida digressão histórica, os judeus estavam sob o domínio do império romano, que ditava as leis, e a escravidão do império normalmente era vitalícia e os escravos nem de longe gozavam de direitos, um exemplo da opressão romana é que um soldado poderia compelir um judeu (ou mesmo outro de qualquer povo dominado) a fazer algo, levar algum objeto a certa distância, por isso, o Supremo Mestre disse: “e, se qualquer te obrigar a caminhar uma milha, vai com ele duas.” (Mt 5:41), assim o Novo Testamento exorta como os cristão escravos deveriam se portar para com os seus senhores, ensina que os escravos crentes devem procurar se libertar, mas não ter muito cuidado com isso (I Co 7:21-23), por causa de Cristo, ser sujeito aos seus senhores (Cl 3:22-25; I Tm 6:1,2; I Pd 2:18-21), e também exorta gerais aos senhores e servos (Ef 6:5-9), sendo que aos senhores o dever de tratar bem os escravos (Cl 4:1), observações que se estendem também aos trabalhadores assalariados: “eis que o jornal dos trabalhadores que ceifaram as vossas terras, e que por vós foi diminuído, clama; e os clamores dos que ceifaram entraram nos ouvidos do Senhor dos exércitos.” (Tg 5:4), (Lv 19:13; Dt 24:14,15; Jó 24:10,11; 31:38,39; Is 5:7; Jr 22:13; Hc 2:11; Ml 3:5; Cl 4:1).

O Novo Testamento mais ainda prega a igualdade de todos em Cristo: “nisto não há judeu nem grego; não há servo nem livre; não há macho nem fêmea; porque todos vós sois um em Cristo Jesus.” (Gl 3:28), ainda vale ler, neste momento a carta a Filemom, peço que o leitor se reporte, só são 25 versos, mas por o assunto já estar extenso não transcreverei aqui. Sumariando tudo o que foi dito, a Bíblia regulava a escravidão, que normalmente era voluntária e ligada a falta de dinheiro ou por ser presa de guerra, todos os escravos tinham direito, inclusive ao descanso, e o ânimo da Lei, em punir com pena de morte os traficantes de escravos, deixa claro que jamais foi algo querido, tão somente regulado e, em especial, os escravos eram incorporados na sociedade. Ainda friso que há uma grotesca diferença entre o tipo de escravidão acima mencionada e a praticada por outros povos, normalmente opressiva e contra os índios e negros. A pergunta então é, por qual motivo a Bíblia regula já que não aprova? A resposta é simples, é um código de defesa do escravo, concedendo-lhe direitos mínimos. Ainda insisto em um ponto, se os escravocratas que se diziam seguir a Bíblia, neste ponto, a aplicasse seguramente não imporia a escravidão. A disparidade fica ainda maior se comparada com o tipo de escravidão dos povos vizinhos a Israel!

Por segundo, a Bíblia não foi escrita para ser um livro que ensina ciências naturais, também não o foi para ser um livro sociológico, ela foi escrita para mostrar aos homens o caminho de volta ao seu Criador, fato normalmente esquecido, justamente por isso a Bíblia menciona diversas coisas, porém não as ensina, tão somente menciona, entre elas a escravidão, de igual modo que havia divórcio e a poligamia e foram regulados, mas nunca foi querido por Deus; por terceiro, a Bíblia, mais precisamente o Novo Testamento assenta uma divisão, separação plena entre igreja e estado: “e Jesus, respondendo, disse-lhes: Dai pois a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus. E maravilharam-se dele.” (Mc 12:17), sendo que cabe ao estado, ao governo legislar sobre diversos assuntos e não a igreja.

Ainda restou uma passagem em Lc 12:47, o pessoal gosta de torcer o escrito, citam dois, três versos e simplesmente não leem os versos precedentes nem os seguintes, o verso Lc 12:41-48: “41E disse-lhe Pedro: Senhor, dizes essa parábola a nós, ou também a todos? 42E disse o Senhor: Qual é, pois, o mordomo fiel e prudente, a quem o senhor pôs sobre os seus servos, para lhes dar a tempo a ração? 43Bem-aventurado aquele servo a quem o seu senhor, quando vier, achar fazendo assim. 44Em verdade vos digo que sobre todos os seus bens o porá. 45Mas, se aquele servo disser em seu coração: O meu senhor tarda em vir; e começar a espancar os criados e criadas, e a comer, e a beber, e a embriagar-se, 46Virá o senhor daquele servo no dia em que o não espera, e numa hora que ele não sabe, e separá-lo-á, e lhe dará a sua parte com os infiéis. 47E o servo que soube a vontade do seu senhor, e não se aprontou, nem fez conforme a sua vontade, será castigado com muitos açoites; 48Mas o que a não soube, e fez coisas dignas de açoites, com poucos açoites será castigado. E, a qualquer que muito for dado, muito se lhe pedirá, e ao que muito se lhe confiou, muito mais se lhe pedirá.”.

Não farei comentário visto estar claro não ser uma apologia a escravatura: “42Mas Jesus, chamando-os a si, disse-lhes: Sabeis que os que julgam ser príncipes dos gentios, deles se assenhoreiam, e os seus grandes usam de autoridade sobre eles; 43Mas entre vós não será assim; antes, qualquer que entre vós quiser ser grande, será vosso serviçal;” (Mc 10:42,43), “fostes comprados por bom preço; não vos façais servos dos homens.” (I Co 7:23), “nada façais por contenda ou por vanglória, mas por humildade; cada um considere os outros superiores a si mesmo.” (Fp 2:3), “9Sabendo isto, que a lei não é feita para o justo, mas para os injustos e obstinados, para os ímpios e pecadores, para os profanos e irreligiosos, para os parricidas e matricidas, para os homicidas, 10Para os devassos, para os sodomitas, para os roubadores de homens, para os mentirosos, para os perjuros, e para o que for contrário à sã doutrina,” (I Tm 1:9,10), “lembrai-vos dos presos, como se estivésseis presos com eles, e dos maltratados, como sendo-o vós mesmos também no corpo.” (Hb 13:3).

Diferente do muito propalado, a Bíblia além de não defender a escravidão abriu caminho para que se encerrasse, quando ela trata deste tema tão somente o faz para proteger o escravo, garantindo-lhe direitos mínimos ao descanso, ao não dano, e à integração social, algo muitissimamente muito diferente do praticado por outros povos. Convido o leitor a estudar parte do direito comercial, como era regulada a falência, mais especificamente o porquê da palavra bancarrota.

Aproveitando e finalizando o tema, o homem nasce em uma escravidão esta é espiritual: “16Não sabeis vós que a quem vos apresentardes por servos para lhe obedecer, sois servos daquele a quem obedeceis, ou do pecado para a morte, ou da obediência para a justiça? 17Mas graças a Deus que, tendo sido servos do pecado, obedecestes de coração à forma de doutrina a que fostes entregues. 18E, libertados do pecado, fostes feitos servos da justiça. 19Falo como homem, pela fraqueza da vossa carne; pois que, assim como apresentastes os vossos membros para servirem à imundícia, e à maldade para maldade, assim apresentai agora os vossos membros para servirem à justiça para santificação. 20Porque, quando éreis servos do pecado, estáveis livres da justiça. 21E que fruto tínheis então das coisas de que agora vos envergonhais? Porque o fim delas é a morte. 22Mas agora, libertados do pecado, e feitos servos de Deus, tendes o vosso fruto para santificação, e por fim a vida eterna.” (Rm 6:16-22), esta é o ensino e objetivo bíblico, libertar homens desse reino de trevas.

Published in: on 12 de novembro de 2012 at 19:52  Deixe um comentário  

A Bíblia ensina perdão ou vingança?

Não há dúvidas que o que cada crente deve seguir é o que dizem estes versos:“38Ouvistes que foi dito: Olho por olho, e dente por dente. 39Eu, porém, vos digo que não resistais ao mau; mas, se qualquer te bater na face direita, oferece-lhe também a outra;” (Mt 5:38-39), “14Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celestial vos perdoará a vós; 15Se, porém, não perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai vos não perdoará as vossas ofensas.” (Mt 6:14-15), “mas a vós, que isto ouvis, digo: Amai a vossos inimigos, fazei bem aos que vos odeiam;” (Lc 6:27), “17A ninguém torneis mal por mal; procurai as coisas honestas, perante todos os homens. 18Se for possível, quanto estiver em vós, tende paz com todos os homens. 19Não vos vingueis a vós mesmos, amados, mas dai lugar à ira, porque está escrito: Minha é a vingança; eu recompensarei, diz o Senhor.” (Rm 12:17-19), “antes sede uns para com os outros benignos, misericordiosos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus vos perdoou em Cristo.” (Ef 4:32), “suportando-vos uns aos outros, e perdoando-vos uns aos outros, se alguém tiver queixa contra outro; assim como Cristo vos perdoou, assim fazei vós também.” (Cl 3:13).

O sentimento de vingança não pode pairar no coração do crente, visto que deve transbordar de amor, adicionado a isso, há o fato de que a vingança pertence a Deus, Ele é Quem deve impor algo na medida dEle: “35Minha é a vingança e a recompensa, ao tempo que resvalar o seu pé; porque o dia da sua ruína está próximo, e as coisas que lhes hão de suceder, se apressam a chegar. 43Jubilai, ó nações, o seu povo, porque ele vingará o sangue dos seus servos, e sobre os seus adversários retribuirá a vingança, e terá misericórdia da sua terra e do seu povo.” (Dt 32:35,43), “1Ó SENHOR Deus, a quem a vingança pertence, ó Deus, a quem a vingança pertence, mostra-te resplandecente. 2Exalta-te, tu, que és juiz da terra; dá a paga aos soberbos. 3Até quando os ímpios, SENHOR, até quando os ímpios saltarão de prazer?” (Sl 94:1-3), “2O SENHOR é Deus zeloso e vingador; o SENHOR é vingador e cheio de furor; o SENHOR toma vingança contra os seus adversários, e guarda a ira contra os seus inimigos. 3O SENHOR é tardio em irar-se, mas grande em poder, e ao culpado não tem por inocente; o SENHOR tem o seu caminho na tormenta e na tempestade, e as nuvens são o pó dos seus pés.” (Na 1:2,3), “não vos vingueis a vós mesmos, amados, mas dai lugar à ira, porque está escrito: Minha é a vingança; eu recompensarei, diz o Senhor.” (Rm 12:19), “porque ela é ministro de Deus para teu bem. Mas, se fizeres o mal, teme, pois não traz debalde a espada; porque é ministro de Deus, e vingador para castigar o que faz o mal.” (Rm 13:4), “porque bem conhecemos aquele que disse: Minha é a vingança, eu darei a recompensa, diz o Senhor. E outra vez: O Senhor julgará o seu povo.” (Hb 10:30).

Dado este passo, ainda ficam algumas referências bíblicas a harmonizar, são elas: “quem derramar o sangue do homem, pelo homem o seu sangue será derramado; porque Deus fez o homem conforme a sua imagem.” (Gn 9:6), “12Quem ferir alguém, de modo que este morra, certamente será morto. 23Mas se houver morte, então darás vida por vida, 24Olho por olho, dente por dente, mão por mão, pé por pé, 25Queimadura por queimadura, ferida por ferida, golpe por golpe.” (Ex 21:12,23-25), “quebradura por quebradura, olho por olho, dente por dente; como ele tiver desfigurado a algum homem, assim se lhe fará.” (Lv 24:20), “o teu olho não perdoará; vida por vida, olho por olho, dente por dente, mão por mão, pé por pé.” (Dt 19:21), porém, se o leitor tiver boa vontade logo perceberá que os versos aqui postos são da Lei, menos o de Gn 9:6, que em diante será também examinado, o contido aqui se trata de lei, com isso refrear a maldade humana, este era o código penal, e não se tratava de vingança e sim pena, punição, dizer que isso é vingança é o mesmo que dizer que os códigos penais são vingativos, que autorizam a vingança privada, mas não é assim, a punição é estatal, já que é o meio legal de conter a violência social.

A passagem em Gn 9:6 segue a mesma esteira, observe que já havia tido ao menos 3 homicídios na terra, o de Abel (Gn 4:8) e o de dois homens por Lameque (Gn 4:23), isso demonstra o quanto o homem é mau e que se destruirá caso não tivesse sujeito a leis, portanto, embora não seja a Lei mosaica, foi um estabelecimento legal nos mesmos moldes do falado no parágrafo anterior. Portanto, a vingança pertence a Deus, pois Ele é o Julgador de tudo: “mas o SENHOR está assentado perpetuamente; preparou o seu tribunal para julgar.” (Sl 9:7).

Published in: on 11 de novembro de 2012 at 11:48  Deixe um comentário  

Deus ordenou que se comesse carne ou apenas vegetais?

Antes de entrar na questão já quero antecipar a resposta, os cristãos podem sim comer carne, nos termos seguintes: “22Tens tu fé? Tem-na em ti mesmo diante de Deus. Bem-aventurado aquele que não se condena a si mesmo naquilo que aprova. 23Mas aquele que tem dúvidas, se come está condenado, porque não come por fé; e tudo o que não é de fé é pecado.” (Rm 14:22,23), “7Mas nem em todos há conhecimento; porque alguns até agora comem, com consciência do ídolo, coisas sacrificadas ao ídolo; e a sua consciência, sendo fraca, fica contaminada. 8Ora a comida não nos faz agradáveis a Deus, porque, se comemos, nada temos de mais e, se não comemos, nada nos falta. 9Mas vede que essa liberdade não seja de alguma maneira escândalo para os fracos. 10Porque, se alguém te vir a ti, que tens ciência, sentado à mesa no templo dos ídolos, não será a consciência do que é fraco induzida a comer das coisas sacrificadas aos ídolos? 11E pela tua ciência perecerá o irmão fraco, pelo qual Cristo morreu. 12Ora, pecando assim contra os irmãos, e ferindo a sua fraca consciência, pecais contra Cristo. 13Por isso, se a comida escandalizar a meu irmão, nunca mais comerei carne, para que meu irmão não se escandalize.” (I Co 8:7-13), “25Comei de tudo quanto se vende no açougue, sem perguntar nada, por causa da consciência. 26Porque a terra é do Senhor e toda a sua plenitude. 27E, se algum dos infiéis vos convidar, e quiserdes ir, comei de tudo o que se puser diante de vós, sem nada perguntar, por causa da consciência. 28Mas, se alguém vos disser: Isto foi sacrificado aos ídolos, não comais, por causa daquele que vos advertiu e por causa da consciência; porque a terra é do Senhor, e toda a sua plenitude.” (I Co 10:25-28), “1Mas o Espírito expressamente diz que nos últimos tempos apostatarão alguns da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores, e a doutrinas de demônios; 2Pela hipocrisia de homens que falam mentiras, tendo cauterizada a sua própria consciência; 3Proibindo o casamento, e ordenando a abstinência dos alimentos que Deus criou para os fiéis, e para os que conhecem a verdade, a fim de usarem deles com ações de graças; 4Porque toda a criatura de Deus é boa, e não há nada que rejeitar, sendo recebido com ações de graças. 5Porque pela palavra de Deus e pela oração é santificada.” (I Tm 4:1-5).

Já respondido, falta conciliar com as seguintes passagens: “29E disse Deus: Eis que vos tenho dado toda a erva que dê semente, que está sobre a face de toda a terra; e toda a árvore, em que há fruto que dê semente, ser-vos-á para mantimento. 30E a todo o animal da terra, e a toda a ave dos céus, e a todo o réptil da terra, em que há alma vivente, toda a erva verde será para mantimento; e assim foi.” (Gn 1:29,30), “tudo quanto se move, que é vivente, será para vosso mantimento; tudo vos tenho dado como a erva verde.” (Gn 9:3), “26Homens que expuseram as suas vidas pelo nome de nosso Senhor Jesus Cristo. 27Enviamos, portanto, Judas e Silas, os quais por palavra vos anunciarão também as mesmas coisas. 28Na verdade pareceu bem ao Espírito Santo e a nós, não vos impor mais encargo algum, senão estas coisas necessárias: 29Que vos abstenhais das coisas sacrificadas aos ídolos, e do sangue, e da carne sufocada, e da fornicação, das quais coisas bem fazeis se vos guardardes. Bem vos vá.” (At 15:26-29), “todavia, quanto aos que crêem dos gentios, nós havemos escrito, e achado por bem, que nada disto observem; mas que só se guardem do que se sacrifica aos ídolos, e do sangue, e do sufocado e da fornicação.” (At 21:25).

Este é o caso típico de usar os métodos de interpretação da Bíblia, antes de falar disso, quero chamar atenção ao leitor para os momentos em que os mandamentos foram dado, Gn 1:29 está no Éden, antes do primeiro pecado, já Gn 9:3,4 está após o dilúvio, a passagem em Lv 11 está com o estabelecimento da Lei, as do Novo Testamento com o advento do tempo chamado de plenitude da graça, como perceptível, cada um dos estabelecimentos estavam ligados a um fato/época, como já aclarado, isso se dá, pois o que foi exigido aos homens modificou ao longo do tempo, isto é, nem tudo o que foi exigido na Lei foi exigido no Novo Testamento e vice-versa, inclusive devido à revelação progressiva. Aos crentes a vedação alimentar é somente a exposta no primeiro parágrafo.

Ainda sobre dieta, pode-se somar o dito no seguinte link: http://www.palavraprudente.com.br/estudos/sergio_f/genesis/cap24.html

Published in: on 10 de novembro de 2012 at 10:47  Deixe um comentário